quarta-feira, 24 de abril de 2013

Crianças podem ser afetadas pela Osteoporose


Com o aumento da longevidade, avançaram os cuidados com a perda da densidade mineral óssea e consequente enfraquecimento dos ossos, que aumentam o risco de fraturas. "A osteoporose é uma doença predominantemente de idosos, mas pode acometer jovens e até crianças, devido a doenças metabólicas e utilização de medicamentos que provoquem a desmineralização dos ossos", afirma Gines Henrique Martines, ginecologista e gerente médico da Central Nacional Unimed. Segundo o especialista, homens também sofrem de osteoporose, embora "suas consequências e gravidade nas mulheres sejam maiores devido à menopausa, quando a produção de estrógenos sofre uma redução drástica. Esse hormônio tem o papel de carreador e de fixador do cálcio na matriz óssea."

Como tratar

A osteoporose deve ser tratada a partir do diagnóstico firmado, mas hoje o grande objetivo médico é a prevenção de sua instalação, observa Martines. Nas mulheres, isso é mais facilmente obtido com a reposição hormonal e o emprego de substâncias como o alendronato, que substituem o estrogênio em levar e fixar o cálcio nos ossos. Exercícios físicos regulares, hábitos alimentares e exposição ao sol podem ajudar muito a postergar a instalação da doença.

"Nas mulheres, o principal tratamento é preventivo, pela reposição hormonal monitorada no climatério. Isso só é possível por um período máximo de 10 anos, sendo obrigatória a realização anual de exames preventivos de cânceres ginecológicos, que podem ser potencializados pelo uso do hormônio", explica Martines. Em idade mais avançada, são utilizadas substâncias carreadoras e o próprio cálcio sem a adição de hormônios.
Cuidados
A partir do início do envelhecimento, os ambientes devem ser adaptados, a fim de reduzir os riscos de quedas e de acidentes que provoquem fraturas. Pequenos bancos, tapetes, passadeiras, degraus e escadas velhas devem ser retiradas dos locais frequentados por idosos. Devemos guardar mantimentos e outros produtos de uso diários em locais acessíveis facilmente, para evitar o uso de bancos e de escadas.

Afinal, pequenas quedas podem ocasionar graves fraturas, principalmente de bacia e colo de fêmur. Essas fraturas têm correção cirúrgica, mas sua recuperação é demorada, com redução de mobilidade e consequentes morbidades que ocasionam grande numero de óbitos nessa faixa etária.

O principal instrumento de diagnóstico é o exame de Densitometria Óssea, de fácil realização, indolor e que consegue firmar diagnóstico precoce e ainda acompanhar evolução e eficácia do tratamento.

Mitos e verdades

• Quem não gosta de leite tem maior risco de desenvolver osteoporose. Mito. Uma das dicas de prevenção da doença é a ingestão mínima de cálcio necessário para manter os ossos saudáveis. São recomendados 1.200 mg por dia. Quem não gosta de leite, pode consumir outros laticínios, como queijo.

• A osteoporose não tem cura. Verdade. A osteoporose não tem cura, e seu tratamento deve ser feito por médicos especializados, capazes de orientar sobre medicamentos que estabilizem o quadro da doença ou melhorem a qualidade de vida do paciente. Isso significa evitar maiores complicações e reduzir significantemente o risco de fraturas.

• Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física. Mito. Praticar exercícios físicos é essencial. Nesse caso, os exercícios devem ter impacto mínimo. Caminhada é a atividade mais recomendada.

• A osteoporose é uma doença feminina. Mito. Mulheres têm mais osteoporose que os homens, pois têm os ossos mais finos e mais leves e apresentam perda importante durante a menopausa. No entanto, homens com deficiência alimentar de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA), em março de 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência.

• A osteoporose é hereditária. Mito. Não basta o histórico familiar da osteoporose para que todos desenvolvam a doença. Mas é importante, sim, identificar se os pais são portadores de osteoporose. A vitamina D é mais eficiente na absorção do cálcio em algumas pessoas do que em outras, e essa característica é hereditária. Descendentes de pessoas com menor capacidade de absorção do cálcio no organismo e que tiveram osteoporose quando adultas têm maior probabilidade de contrair a doença. Mas bons hábitos alimentares podem mudar este quadro.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Movimente as pernas para evitar trombose


Se a sua escolha envolve uma viagem longa, preste atenção às dicas.
Se você vai passar quatro horas ou mais dentro de um ônibus ou de um avião, tome cuidado com a trombose. A trombose é a formação de coágulos no sangue, que normalmente começa nas pernas. O sangue fica mais grosso e aumenta o risco de entupimento de alguma veia ou artéria. O problema não se restringe às pernas – o sangue que engrossa lá pode bloquear a circulação no pulmão, por exemplo, o que causa uma embolia.

Na viagem, o risco aumenta porque a pessoa passa muito tempo sentada. Se as pernas ficam para baixo e paradas por muito tempo, a falta de movimento piora a circulação do sangue. A panturrilha – a batata da perna – funciona como um “segundo coração”. O coração bombeia o sangue até os pés, e ele retorna pelas veias que ficam na perna.

A trombose do viajante recebe também o apelido de “mal da classe econômica”, porque nessa parte do avião é ainda mais difícil se movimentar. Na primeira classe, é possível deitar a cadeira, o que facilita a circulação.

Seguir dicas básicas para proteger a circulação é mais barato que comprar um bilhete de primeira classe. Os cuidados começam antes do embarque, na hora de se vestir. Procure usar uma meia elástica – de preferência uma meia de compressão – e calçados bem confortáveis.

Outra dica é mover bastante as pernas durante a viagem. Se estiver no avião, levante-se e ande um pouco, mesmo que não precise ir ao banheiro. No ônibus, tente descer em todas as paradas, ainda que não queira comprar nada. O vídeo acima mostra exercícios que caem bem para essa situação.

Também é importante beber bastante água para manter o corpo bem hidratado, o que evita que o sangue engrosse demais – nada de bebida alcoólica, portanto.

A trombose não acontece só durante a viagem, é um risco ao qual todos estão sujeitos. A melhor maneira de evitá-la é fazendo atividades físicas, pois o exercício ativa a circulação. Quem já tiver a circulação comprometida – como os diabéticos, por exemplo – precisa redobrar os cuidados. Obesos, grávidas e mulheres que tomam pílula anticoncepcional -- principalmente se forem fumantes -- também entram no grupo de risco.


O principal sintoma da trombose é um inchaço na perna, principalmente se uma fica maior que a outra. Vermelhidão, aumento de temperatura e dores na batata da perna também podem indicar a doença. E é preciso ficar atento a esses sinais, porque a trombose é silenciosa, e a embolia pulmonar pode ser fatal.

Erisipela
Há uma doença com sintomas parecidos e causas muito diferentes que também se manifesta nas pernas. A erisipela atinge a camada superficial da pele, e é provocada por bactérias que estão presentes na nossa pele, principalmente nas mãos.

Se a pele estiver com um corte, uma picada de mosquito ou com micose, fica vulnerável à doença. Só de passar a mão infectada ou coçar, é possível contaminar a área e desenvolver a erisipela, que pode ser leve ou grave, dependendo da resistência do paciente.

A erisipela é mais comum nas pernas, mas pode aparecer no rosto, cotovelos e em outras partes do corpo.