domingo, 14 de agosto de 2011

Pilates: Mais exercícios, menos remédios


Um estudo verificou que mulheres acima de 60 anos que praticam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, como caminhadas, consomem menos remédios em comparação às que não têm o mesmo hábito.
A conclusão é de Leonardo José da Silva, no trabalho de mestrado “Relação entre nível de atividade física, aptidão física e capacidade funcional em idosos usuários do programa de saúde da família”, realizado na Universidade Federal de São Paulo com Bolsa da FAPESP.
Silva acompanhou 271 mulheres com idade acima de 60 anos que participaram do Programa de Saúde da Família, organizado pela Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. As participantes que cumpriram um programa de exercícios variados de no mínimo 150 minutos semanais apresentaram consumo de medicamentos 34% menor em comparação às mais sedentárias.
“Esse tempo mínimo de exercícios de 2,5 horas semanais é preconizado pela American Heart Association e pelo American College of Sports Medicine”, disse Silva à Agência FAPESP. Com menos de 10 minutos semanais de atividade física o indivíduo é considerado sedentário e entre 10 minutos e 150 minutos de exercícios por semana ele é categorizado como insuficientemente ativo.
Os resultados do estudo de Silva foram apresentados em maio no 3th International Congress Physical Activity and Public Health realizado em Toronto, no Canadá.
Silva contou com uma parceria entre a Unifesp e o Centro de Estudos de Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs). Guiomar Silva Lopes, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e orientadora de Silva, considera o programa oferecido pela cidade paulista aos idosos uma valiosa fonte de pesquisa. “Trata-se de uma população pequena e estável, o que facilita o acompanhamento dos participantes durante prazos mais longos”, disse.
As atividades físicas disponibilizadas incluem caminhadas, exercícios de aprimoramento de força muscular, equilíbrio, flexibilidade e capacidade aeróbica. Há também visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, nas quais os idosos são incentivados a praticar atividades físicas frequentes, como ir ao mercado ou fazer um passeio a pé.
O consumo de remédios das participantes da pesquisa foi avaliado por meio do cadastro da Secretaria Municipal da Saúde de São Caetano do Sul. Na base de dados estão registradas informações relevantes sobre todos os participantes do Programa de Saúde da Família, incluindo os medicamentos consumidos regularmente.
Segundo Guiomar, os resultados do estudo poderão subsidiar políticas públicas que incentivem a atividade física visando à prevenção e controle das doenças crônicas associadas ao envelhecimento, reduzindo despesas com medicações e internações.
“Podemos perceber a importância desse estudo ao constatar que o idoso consome, no mínimo, cinco medicamentos associados a doenças ligadas ao envelhecimento”, disse a orientadora.
A relação causa e efeito entre atividade física e consumo de medicamentos ainda está sendo estudada. A redução dos níveis de pressão arterial proporcionada pela atividade física é uma das hipóteses levantadas pelo estudo de Silva, uma vez que a doença é uma das mais comuns entre a população idosa, estando presente em mais da metade das pessoas acima de 60 anos.
O diabetes, com prevalência de 25% entre idosos, é outra enfermidade afetada pelo nível de atividade física. “Há estudos indicando que exercícios respiratórios aumentam a sensibilidade do organismo à insulina”, comentou a professora da Unifesp.
O efeito é importante para as pessoas em cujos organismos a insulina não atua de maneira eficiente. “A resistência à insulina tem alta prevalência na população idosa e se caracteriza pela menor resposta à insulina, com aumento discreto da glicemia e da insulinemia. Estes fatores juntos contribuem para a obesidade e o aumento do risco de doenças cardiovasculares”, disse.
As mulheres são as que mais se beneficiam da prática de atividades físicas, no caso levantado em São Caetano do Sul. Guiomar conta que a pesquisa se restringiu ao público feminino porque ele representa a grande maioria dos participantes do programa.
A professora ressalta que não são completamente conhecidas as razões que levam a menor participação masculina nessas atividades. “Sabemos que a mulher tem expectativa de vida um pouco maior do que a do homem, aumentando a frequência de mulheres viúvas e sozinhas, porém esse fato não explica a absoluta ausência masculina”, disse.
Segundo Silva, o estudo destaca o fortalecimento da medicina preventiva, área que se encontra em crescimento e tem laços com a educação física. “A prescrição de medicamentos ainda é preponderante na prática médica. Podemos diminuir esse consumo de remédios com métodos de prevenção baratos e simples como a atividade física”, sugeriu.

Pilates pode ajudar portadores de Síndrome de Down


Os pacientes portadores da Síndrome de Down sofrem de atrasos motores e desajustes posturais, fatores que alteram o controle dos equilíbrios estático e dinâmico, a coordenação motora ampla e fina, e a sensibilidade tátil.
Conhecido por trabalhar o reequilíbrio corporal e a reeducação postural, o Método Pilates vem sendo utilizado como forma de tratamento para pessoas com Síndrome de Down. O ideal é que os exercícios comecem a ser desenvolvidos ainda na infância e que prossigam ao longo da vida.
O método inventado por Joseph Pilates tem o objetivo de estimular a força muscular, a flexibilidade, a correção postural e o equilíbrio, além da redução do risco de lesões. São benefícios que podem melhorar muito a qualidade de vida de um portador da Síndrome de Down.
No entanto, o grande diferencial de uma aula de Pilates para as pessoas especiais está no aspecto lúdico. Como eles costumam se distrair com facilidade, as atividades dinâmicas e os equipamentos acabam despertando mais interesse. Além disso, a dedicação integral que o professor presta durante as aulas é essencial para que haja suporte ao equilíbrio do praticante.
Os exercícios desenvolvidos são semelhantes aos praticados por pessoas que não têm a síndrome, contudo, as cargas utilizadas são mais leves.
Como o Pilates pode ajudar portadores de Síndrome de DownOs portadores de Síndrome de Down costumam apresentar dificuldades respiratórias. Isso porque o tônus muscular destas pessoas causa a inabilidade do músculo transverso abdominal e dificulta a ação do diafragma. Este prejuízo, por sua vez, dificulta as respirações profundas, amplas e adequadas, aumentando as chances de infecções pulmonares e respiratórias. Eles tendem a desenvolver a respiração oral, fator bastante prejudicial ao humor, ao sono e a alimentação. As regras específicas para respiração durante os exercícios desenvolvidos pelo método Pilates, ajudam a tratar esse quadro.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

A importância da respiração durante o pilates


No Método Pilates a respiração é essencial, de fato é um de seus princípios chave já que ajuda a controlar os movimentos, permite oxigenar os músculos, facilita a estabilização da coluna e a movimentação dos membros (outro conceito fundamental no Método Pilates) e ajuda a relaxar a musculatura e estar ciente das tensões acumuladas por todo o corpo.
A respiração é parte integral de cada exercício de Pilates, sendo sempre coordenado com o movimento de tal maneira que contribui com a direção da energia para a zona que se está trabalhando. Também, uma técnica de respiração adequada aplicada durante os exercícios de Pilates ajuda o relaxamento muscular, evitando qualquer estresse desnecessário. Por isso cada sessão de Pilates começa com alguns minutos de sensibilização na respiração para poder tomar consciência das tensões distribuídas pelo corpo e ajudar relaxar a musculatura.
O Método Pilates enfatiza a importância de manter a corrente sanguínea estabilizada. Por isso, para que a forma de respirar esteja correta, considere que a expiração deve ser forte, seguida de inspiração profunda, permitindo preencher os pulmões de ar. Quando os pulmões inalam o oxigênio eles permitem a oxigenação de cada célula através da corrente sanguínea.
Durante a execução dos exercícios de Pilates, o método utiliza uma técnica de respiração especifica que permite não somente liberar o corpo de toda a tensão desnecessária (em particular no pescoço, ombros e costas), também fazendo com que os abdominais transversos sejam trabalhados na inspiração e na expiração.
O método respiratório do Pilates permite ativar corretamente os músculos abdominais transversos conseguindo assim manter estabilidade na região lombar durante a execução dos exercícios. Com a finalidade, o método Pilates utiliza a respiração torácica ou respiração diafragmática intercostal.
O objetivo deste tipo de respiração é utilizar os músculos do tórax e das costas para ampliar a caixa torácica lateralmente permitindo assim que os pulmões se expandam, mas, sem a necessidade da expansão do abdômen. Ao expandir o abdômen durante a respiração os músculos abdominais se alongam deixando de sustentar a parte baixa das costas deixando-a desprotegida. Por isso o método Pilates enfatiza uma respiração que evite a expansão abdominal.
No Pilates, durante a respiração, é executada a inspiração pelo nariz e a expiração pela boca. Durante a inalação as costelas se abrem fazendo força para fora e para cima, ao mesmo tempo em que a coluna vertebral é esticada, preenchendo os pulmões de oxigênio. Ao inspirar é muito importante não relaxar os músculos abdominais, para evitar perder o alinhamento postural, e cuidar para não utilizar os músculos inadequados durante a execução dos exercícios.
A expiração, por sua vez, facilita a contração dos músculos abdominais, já que anatomicamente ocorre a redução da caixa torácica “para dentro e para baixo”. Ao praticar o processo de expiração o diafragma se eleva gerando assim um “empurrão” dos músculos abdominais para dentro, no qual cria um centro de energia forte, que é fundamental para o processo de estabilização.
A respiração deve ser lenta durante todo o momento, sempre de forma contínua, e procurar realizar inspirações e expirações de mesma duração para permitir o bom “intercâmbio” entre oxigênio e dióxido de carbono em todo o corpo. Como regra geral, no Pilates, a duração das inspirações e expirações variam em função do nível do aluno, sendo recomendado três tempos de inspiração e expiração para alunos principiantes, cinco tempos para alunos de nível intermediário e oito tempos para alunos avançados.
Aqui vamos apresentar um simples exercício para começar a se familiarizar com a respiração do método Pilates. Para realizar o exercício, é recomendado sentar-se confortavelmente de forma que fique relaxado em uma cadeira mantendo os pés apoiados no chão e separados da cadeira com a mesma distância. É muito importante manter as costas retas, com a coluna vertebral bem esticada e deixar os ombros leves e relaxados.
Além disso, o alinhamento do pescoço em relação à coluna é importante, deve-se aproximar o queixo ligeiramente em direção ao peito, imaginar que esteja segurando uma bola de tênis entre o queixo e o pescoço. Assim alinhar corretamente as vértebras cervicais e sentir o pescoço esticado ao limite máximo para trás.
Uma vez que esteja confortável nesta posição, deve-se colocar as mãos sobre suas costelas de tal forma que as pontas dos dedos se toquem entre elas. Feche seus olhos e comece tomando consciência da respiração colocando toda a sua atenção em tentar não mover seu peito ou abdômen.
1 – Inspiração:
Inspire pelo nariz continuando a contrair o abdômen. Observe como o oxigênio entra na caixa torácica e, com ele, como suas mãos se separam pela ação da abertura das costelas.
2 – Expiração:
Expire pela boca ativando bem seus músculos abdominais como se tentasse levar o umbigo até a coluna vertebral. Para isso imagine que seus músculos, na base da pélvis, abdominais e umbigo estão unidos por um zíper. Sente como se fechasse para cima este zíper ao expirar.
Realize uma série de 10 a 20 respirações mantendo-se relaxado, os efeitos logo serão notados.

SUPilates: Pilates na água

Não seria surpreendente para experimentar e desfrutar do melhor dos dois mundos: a força e a graça de Pilates, com a tranquilidade do oceano? Acredite ou não, agora você pode!
Instrutores de Pilates mundo a fora estão ministrando suas aulas de Pilates no oceano, lago ou rio mais próximos, em um Stand Up Paddleboards. Estas pranchas (também chamado SUPS) são a última sensação de fitness.
SUPS parecem pranchas grandes, e são movidos por um remador de pé que usa um remo de canoa extra-longa. Stand Up Paddling originado no Havaí, que mistura a tradicional canoa polinésia remando com o surf.
O resultado desta combinação maravilhosa é um esporte novo e acessível a todos. Os profissionais aderiram o Stand Up Paddling não só porque é divertido e os benefícios cardiovasculares do exercício são excelentes, mas também para o desafio equilíbrio-core.
Como a prancha está flutuando na água, o praticante deve constantemente contrair os músculos estabilizadores da pelve e coluna para permanecer estável na prancha. Por exemplo, ao realizar o que parece ser um exercício simples, como círculos Perna, o participante é lembrado de estabilizar a sua pélvis, e garantindo eficácia no movimento.
Na Paddleboard, o conselho não vai apenas fornecer feedback sobre a pélvis instável pela oscilação, que também irá fornecer mais de um desafio, porque os quadris e os movimentos das pernas bambas descontrolada fará com que a placa vire. O mesmo acontece com a realização de exercícios que visem a estabilidade espinhal e força abdominal.
Exercícios mais complicados, como séries de perna, por exemplo, são particularmente difíceis por causa da exigência de estabilidade escapular e pélvica necessárias para executar corretamente.
As rotinas de Pilates na Stand Up Paddleboard são muito eficazes, muito desafiantse e muito divertidas!
Agora para a próxima etapa: Como é uma oferta dessas classes? Primeiro de tudo, você vai precisar  manter contato com uma loja local ao ar livre ou uma loja que aluga Stand Up Paddleboards. Trabalhar com eles e definir uma estrutura tarifária que seja razoável tanto para seu benefício e de seus participantes a pagar.
Encontrar um local pode ser um desafio, mas a segurança é das coisas mais importantes a considerar. As questões de segurança na água incluem o acesso seguro à água, marés / correntes, de largura / pranhcas estáveis ​​e duráveis, assinatura de termos de responsabilidade, e um plano de emergência suficientes.
É bom praticar sua rotina antes. Você pode descobrir que alguns dos exercícios vão precisar ser modificados para proporcionar um fluxo mais eficaz ou um desafio apropriado para o nível de seus participantes.

Pilates e treinamento funcional

Atividades como o Pilates e o Treinamento Funcional estão realmente na moda. Cada vez há mais pessoas procurando por essas atividades, e o motivo é simples: são duas práticas de potenciais resultados de acordo com determinados objetivos.
O Pilates e o Treinamento Funcional não vão fazer com que você fique “bombado” (ganho de massa muscular) ou que fique resistente a sair correndo horas por aí (melhorar efetivamente sua aptidão cardiorrespiratória). Por isso, deve-se aliar ao Pilates ou Treinamento Funcional outros tipos de exercícios físicos voltados para atender tais objetivos.
Por outro lado se você sofre de dores na coluna e no corpo em geral, tem uma má postura decorrente de maus hábitos ou mesmo por uma questão estrutural, se precisa melhorar seus níveis de alongamento e flexibilidade, procura definição e tonificação muscular, força, coordenação, equilibrio, consciência corporal, e respiração correta e eficiente, o método Pilates é o adequado para esse objetivo.


O Pilates e o Treinamento Funcional têm princípios bastante parecidos. Ambos procuram utilizar-se de exercícios que tem por objetivo principal o fortalecimento do centro de força de nosso corpo, que estabiliza nosso tronco e de onde deveria sair toda nossa força para todos os nossos movimentos, localizado na região do abdômen, musculatura dorsal baixa e da região do quadril. Um centro de força ‘realmente forte’ possibilita o desenvolvimento eficaz de todos os benefícios que o método proporciona.
Treinamento Funcional   
  
Bem, mas o que seria o treinamento funcional?
O treinamento funcional é uma modalidade de treinamento que através principalmente da especificidade busca o equilíbrio, a prevenção de lesões e a otimização da performance.
Muitas vezes, por questões estéticas ou mesmo falta de informação, as pessoas fortalecem apenas a musculatura mais superficial, sem se preocupar com a musculatura estabilizadora. Assim, os músculos fortes ficam cada vez mais fortes e conseqüentemente os músculos mais fracos (e não menos importantes) ficam cada vez mais fracos. E isso gera um desequilíbrio progressivo, com redução da eficiência dos movimentos, o que se torna fonte de lesões comuns.
Os exercícios realizados nos aparelhos convencionais de musculação reduzem a exigência da coordenação e do equilíbrio que o exercício livre exige, pois estes aparelhos já servem como estabilizadores das articulações. Os esportes de resistência exigem mais um tipo de contração muscular diferente das mais exigidas em esportes de explosão e curta duração. Os exercícios feitos com contrações isométricas (nos quais você realiza sustentado a postura por determinado tempo, ao invés de fazer contrações isotônicas consecutivas) são os mais indicados para ganho de resistência e estabilidade. E é esse tipo de exercício que é enfatizado nos exercícios funcionais.
Os exercícios funcionais são direcionados ao fortalecimento da musculatura necessária às atividades cotidianas e aos gestos técnicos das diferentes modalidades esportivas, reproduzindo tais gestos e atividades com exercícios específicos. Estes permitem ao sistema muscular ativar e recrutar as fibras musculares adequadamente, o que aumenta a capacidade funcional do indivíduo nesta determinada tarefa. Assim, quanto mais parecido o exercício com a atividade ou o gesto que este está tentando reproduzir, melhor será seu desempenho e seus ganhos.
Existem vários recursos que podem ser utilizados para melhorar a capacidade funcional do indivíduo, como a bola, pesos livres, cabos, elásticos, superfícies instáveis, apoio unilateral, prancha de equilíbrio, entre outros.
Um exemplo prático: simulação da pedalada, na qual a musculatura estabilizadora do abdome e costas são constantemente exigidas, utilizando a bola.
O Treinamento Funcional pretende: dar a todos os usuários, atletas ou não, a condição de atingir seus objetivos.
Quando se fala em treinamento, alguns princípios devem ser considerados para que sua aplicação traga os benefícios desejados. Dentre esses princípios estão:
- Princípio da individualidade;
- Princípio da sobrecarga progressiva;
- Princípio da periodização;
- Princípio do fácil/difícil
- Princípio da especificidade.
As principais vantagens do treinamento funcional para o atleta são:
Otimização da performance atlética
Melhora do equilíbrio muscular
Melhora da coordenação motora
Aumento do recrutamento das fibras de resistência
Desenvolvimento da consciência e controle corporal
Melhora da postura
Diminuição da incidência de lesão
Aumento da eficiência dos movimentos.

Pilates no combate a incontinência urinária

A International Continence Society (ICS) define a incontinência urinária como “uma condição na qual  a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico  e é objetivamente demonstrável”. As causas da IU são diversas, entretanto na maioria dos casos pode-se citar a idade avançada, a gravidez, o parto, a diminuição dos hormônios femininos na menopausa, o tratamento do Câncer de Próstata e as incapacidades físicas e mentais.
As alternativas de tratamento da IU abrangem o tratamento conservador e o tratamento cirúrgico. Ainda que os avanços na ciência  ofereçam  técnicas cada vez mais específicas na abordagem da IU, o tratamento não cirúrgico vem sendo cada mais indicado pelos profissionais da área.
Nesse aspecto, ao contrário do que se ouviu há algum tempo, o Método Pilates compreende uma das técnicas que podem ser utilizadas como alternativa no tratamento conservador. Mas de que forma o método Pilates pode ser útil no combate à IU?
Tendo em vista os principais objetivos do método:  ganho de força, flexibilidade, coordenação, resistência e equilíbrio geral  do corpo, acredita-se que através do Pilates a musculatura responsável pela contenção da urina, ou seja, períneo/assoalho pélvico possa ser estimulada e obter os ganhos acima mencionados. Entretanto faz-se necessário que os instrutores atentem com maior cuidado para essa questão ao elaborar as aulas de Pilates.
É muito importante que cada aluno de Pilates seja avaliado quanto ao grau de força do assoalho pélvico e o nível de consciência da ação dessa musculatura – que como qualquer outra, é capaz de contrair e relaxar. Sendo assim atividades envolvendo a contração e o relaxamento do períneo podem ser inseridos num programa de exercícios de Pilates.
Torna-se essencial também que os praticantes  de Pilates sejam continuamente monitorados quanto ao padrão respiratório correto durante a atividades. A conhecida “Manobra de Valsalva” (prender a respiração durante o exercício) deve ser reprovada, pois esse ato aumenta ainda mais a pressão intraabdominal e ocasiona maior sobrecarga ao assoalho pélvico, que se fadiga mais rápido e torna-se incapaz de manter-se contraído. O resultado disso é a perda involuntária de urina – evento totalmente constrangedor e indesejável.
Vale a pena lembrar que as causas primárias da IU devem ser investigadas e tratadas, o método Pilates é válido como uma das técnicas que podem ser utilizadas para a obtenção de força e resistência da musculatura da região do períneo.

Pilates para Grávidas

As mudanças que ocorrem na gestação não são apenas hormonais e emocionais, são também posturais. À medida que avança, as alterações em músculos, articulações e coluna vertebral também progridem.

O método Pilates é um programa de exercícios que pode trazer conforto à gravidez e ao parto, com foco na estabilidade da musculatura postural e do assoalho pélvico e no fortalecimento e alongamento suave dos músculos. Melhora a concentração, a força postural, o equilíbrio, a coordenação e a qualidade dos movimentos, sem sobrecarregar as articulações. Consequentemente auxiliará a prevenir as dores lombares, ombros caídos e tensão no pescoço. Os trabalhos científicos sobre Pilates na gestação são, na sua maioria, realizados pela área da Fisioterapia; sendo raros os estudos pela Obstetrícia.

Além do estrogênio e da progesterona, outro hormônio, chamado relaxina também se eleva. A relaxina proporciona maior mobilidade aos ligamentos, permitindo a estabilidade das articulações. As articulações que conectam os ossos da pelve tornam-se mais frouxas e alongadas, preparando-se para o parto. Contudo, a estabilidade articular é reduzida. O método Pilates incentiva o controle muscular postural, que compensa os ligamentos enfraquecidos, ajudando a evitar os problemas comuns nas articulações e a tensão lombar. As técnicas de respiração trabalhadas no Pilates também ajudam a relaxar e respirar com mais eficiência, induzindo a calma e reduzindo de forma eficaz os níveis do cortisol, que é o hormônio do estresse

A freqüência cardíaca da grávida não é elevada pelos exercícios específicos de Pilates, direcionados para gestantes. Os movimentos do método Pilates ajudam a melhorar a circulação, principalmente nos membros inferiores e reduzem a tensão na parte superior das "costas" e nos ombros, ocasionados pelo aumento das mamas. No método Pilates, o equilíbrio do tronco é fornecido pelos músculos abdominais, principalmente o transverso do abdômen, o qual emerge da pelve e se infiltra na caixa torácica e no diafragma, envolvendo o tórax como uma cinta larga. Um músculo transverso fortalecido evitará que a pelve se desloque muito para frente, causando desconforto na região lombar inferior durante os estágios finais da gravidez. Este também é o principal músculo usado durante o trabalho de parto normal.

Outro grupo de músculos importantes durante a gestação, que é trabalhado pelo método Pilates, são os do assoalho pélvico. Esses agem como uma espécie de rede, passando do osso púbico na frente da pelve para o cóccix nas costas e saindo em cada lado do ísquio (ossos de sentar). A uretra, a vagina e o ânus separam esta faixa de músculo semelhante a uma rede. Ao redor da uretra, da vagina e do ânus, existe um músculo em forma de "8" chamado pubococcígeo. Fortalecer este músculo é fundamental para prevenir possíveis problemas nos intestinos e bexiga.

Benefícios de um assoalho pélvico fortalecido:

  • Melhora a capacidade de estirar e relaxar com mais facilidade durante o parto
  • Melhora a circulação para a região pélvica
  • Promove a rápida recuperação e cicatrização, auxiliando na reconquista de boa qualidade muscular após o parto
  • Previne a incontinência urinária por esforço
  • Apóia os órgãos da pelve
  • Previne o mau alinhamento das articulações do quadril e sacroilíacas (que formam uma interligação entre a parte posterior da pelve e os ossos do quadril)
  • Promove a estabilidade da musculatura postural
Os exercícios são adaptados conforme cada fase da gestação, inicial, intermediária e final, além do pós-parto imediato e seis semanas após.

Antes de iniciar ou continuar os exercícios do método Pilates, um obstetra deve ser consultado, com a finalidade de identificar algumas contra-indicações a exercícios físicos, como sangramento via vaginal, placenta baixa, gestação múltipla, trabalho de parto prematuro, hematoma retro-placentário, ameaça de aborto, hipertensão, diabetes, cardiopatias e outra doença de base.

A consciência postural apresenta benefícios para toda a vida, não somente na gestação. Ficar de pé, sentar-se, caminhar, levantar-se depois de estar sentada, sentar-se ereta depois de estar deitada, aprender a levantar-se corretamente é alguns dos benefícios para o corpo proporcionado pelo método Pilates.

Mulheres que nunca praticaram o Pilates não devem iniciá-lo na gestação; àquelas que já praticavam previamente devem iniciá-lo novamente após o terceiro mês de gravidez.

Uma alerta importante é escolher um profissional com formação específica em Pilates e experiência com gestantes. Outro cuidado é evitar a prática com muitas pessoas ao mesmo tempo. Um profissional deve orientar preferencialmente a gestante individualmente, evitando o risco de lesões.

Uma opinião sobre o método Pilates só é possível depois de praticá-lo. Estou praticando este método há algum tempo com uma profissional especializada e já percebo importantes mudanças no corpo.

Pilates para Crianças

O Pilates possui como base: respiração, concentração, alinhamento e o cuidado com o corpo por inteiro, fatores fundamentais para qualquer pessoa ter qualidade de vida, inclusive as crianças e adolescentes.
Pilates para Crianças
As crianças de hoje estão convivendo, junto com os adultos, em um ambiente corrido e estressante, muitas vezes com uma quantidade excessiva de atividades, o que ocasiona falta de concentração e estresse.
A má postura também faz parte dessa realidade, causada por carregar mochilas pesadas, horas e horas em frente à TV ou ao computador (sempre com uma postura incorreta).
Por todas essas situações, as crianças adquirem maus hábitos e o Pilates pode realmente auxiliar no tratamento desses “futuros adultos”.
O conteúdo para as aulas com crianças precisa ligar os seus exercícios com o mundo em que elas vivem, fazendo com que elas percebam os benefícios de uma boa postura, da concentração e da respiração correta. Assim, elas transformarão o conhecimento em atitudes para a sua vida.
Utilizar acessórios como bolas, discos de rotação e de equilíbrio, rolos de espuma, meia-lua e outros, desperta e estimula as crianças. Quanto aos equipamentos, podem ser adaptados para elas com objetos como caixas de diversos tamanhos ou almofadas. Os exercícios progridem respeitando o limite de cada criança.
Para que o trabalho seja frutífero e estimulante e para que garanta a excelência do aprendizado e a qualidade na execução dos exercícios, o ideal é praticar o Pilates duas vezes por semana, em sessões de uma hora.
Benefícios para crianças que praticam Pilates:
  • Organização do sistema locomotor;
  • Melhora da postura;
  • Mais concentração;
  • Melhora do humor;
  • Um sono de maior qualidade;
  • Melhora da circulação sanguínea e energética;
  • Melhora da digestão;
  • Melhora do tônus;
  • Melhora da flexibilidade

Prevenção da Osteoporose


A Osteoporose é uma doença silenciosa, responsável pelo enfraquecimento dos ossos depois dos 50 anos de idade. A doença surge quando menos se espera e, no caso das mulheres, atinge seu período mais intenso após a menopausa. Como forma de prevenção, dentre uma gama de exercícios, o Pilates surge como uma opção bastante eficaz.
O objetivo do Pilates é promover o ganho de força, equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora, e, segundo a fisioterapeuta Mariana Grott, tais características são o ponto fraco de pessoas com idade já avançada. Em caso de quedas ou fraturas, ter os ossos enfraquecidos é um agravante, reduzindo a capacidade de cicatrização e aumentando as seqüelas dos ferimentos.
A fisioterapeuta explica que a principal preocupação é a gravidade das fraturas “A mais perigosa é a complicação severa”, aponta. Dentre os exemplos, ela cita situações de quando um idoso quebra o fêmur. “Neste caso a recuperação é mais lenta e exige colocação de hastes metálicas e fisioterapia”, completa.
Como a cura da doença é complicada, a melhor alternativa é a prevenção. Segundo Mariana, pessoas com hábitos saudáveis, que vão desde alimentação adequada até a prática freqüente de exercícios físicos, são menos suscetíveis às seqüelas da Osteoporose.
“Nesses casos o pilates ajuda a fortalecer a musculatura, quando ela não consegue mais dar apoio suficiente ao osso. As fraturas acontecem quando o músculo não tem mais força em função da falta de exercícios. Por isso é comum encontrar senhoras com problemas de cicatrização depois de caírem das escadas”, exemplifica.
É aí que entra o benefício do Pilates. “Se na hora de fazer o mesmo movimento  a pessoa tiver fortalecido o músculo o risco de lesões diminui”, ressalta.
Porém, quando a idade vai avançando, não adianta aumentar a dose de exercícios físicos pensando em resultados imediatos. Na fase em que a mulher entra na menopausa, por exemplo, o risco de problemas com a Osteoporose é maior. Neste caso, a fisioterapeuta uma densitometria óssea. “Se o problema estiver num grau elevado são necessários tratamento e acompanhamento médico. Os exercícios mais indicado para quem tem Osteoporose são os de baixo impacto e com movimentos lentos. Essa é exatamente a característica do Pilates”, finaliza Mariana