A utilização da técnica de Pilates permite a quem a pratica desenvolvimento sensorial e respeito no aspecto anatômico e funcional, ampliando uma série de possibilidades para o praticante.
O importante, em qualquer trabalho corporal, é a manutenção da estabilidade pelo sistema anterior e outro posterior de ligamentos ao longo da coluna. Quando se utiliza a respiração de forma ineficiente, os músculos abdominais são imediatamente afetados.
Assim, o encurtamento dos músculos abdominais enfraquece as costelas inferiores, interfere na função do diafragma e causa a respiração superficial torácica. A ênfase na respiração, como forma de captação de energia, não se fundamenta na pretensão apenas de falar no nível terapêutico, e sim como usá-la eficazmente, nutrindo o corpo e eliminando toxinas. O que importa nesta técnica é tirar o esforço da respiração, reduzindo o trabalho dos músculos respiratórios, e aumentar a eficiência dos exercícios com esta respiração coreografada.
O intérprete que trabalha com a nova dança tem este comprometimento na criação do movimento expressivo, entrando em contato com a respiração, com as possibilidades de movimentação e articulação das estruturas corporais de maneira geral, organizando as atitudes internas relacionadas com o espaço, fluência, peso e tempo para a criação do movimento e da criação artística.
A fisiologia tem um fator muito importante dentro deste processo, que é perpetuar a performance do artista neste momento do ato criador. Os efeitos de um treinamento contínuo, em um dançarino, podem ser aqui descritos como aumento no condicionamento cardiovascular, diminuição da freqüência cardíaca (número de batimentos dados pelo coração em um minuto) em repouso, aumento do volume sistólico (quantidade de sangue bombeada pelo coração, por batimento) aumento da capacidade pulmonar, maior quantidade de sangue e transporte de O2, aumento da glicose no fígado e músculos e aumento do número de capilares no funcionamento dos músculos.
Os exercícios de Pilates trabalham com respiração, força e resistência, contração concêntrica e excêntrica, flexibilidade, coordenação motora e propiocepção. O corpo do dançarino sofre algumas adaptações fisiológicas com os treinos, como aumento da atividade metabólica durante e após exercícios físicos, diminuição da reserva adiposa, distribuição da gordura corporal visando a um padrão mais saudável, aumento no rendimento do coração ao produzir as necessidades energéticas do miocárdio, mediante a redução da freqüência cardíaca e da pressão sistólica, melhora da estrutura e funções dos ligamentos, tendões e articulações, além da melhoria da capacidade de trabalho.
Pilates é particularmente benéfico para os bailarinos para fortalecer os músculos abdominais internos, e criar uma forma corporal aerodinâmica. Bailarinos serão capaz de alongar e desenvolver os músculos sem aumentar os músculos de volume. Com o desenvolvimento da musculatura abdominal interna, a tensão na parte traseira é minimizada e as lesões são evitadas. A natureza fluida da prática de Pilates promove a economia de movimento, e pode ser facilmente incorporado a um regime no treinamento dos bailarinos, como um conjunto de exercícios usando mente / corpo. Bailarinas em recuperando de uma lesão podem incorporar Pilates em sua reabilitação, devido ao baixo impacto sobre as articulações do corpo e dos músculos. Os músculos são reforçados através do movimento de resistência suave, quer utilizando a resistência natural do corpo sobre o colchonete, ou com a ajuda de máquinas especialmente projetadas.
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